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ICC - Índice de Coeficiente de Cagasso

Nos dias de hoje, não há espaço para a omissão ou falta de conhecimento, por isso, o assunto a qual estarei abordando nesta matéria é um dos maiores problemas existentes no mercado nacional da construção civil.


Um termo um pouco indelicado, mas bastante usado entre os fornecedores é o chamado “ICC = Índice do Coeficiente Cagasso”, que expressa claramente o nível de risco que o fornecedor possui perante o seu cliente e ou obra.


O “ICC” é um reflexo resultante de diversos fatores, como:

  • Falta de Projeto;

  • Indefinições generalizadas e lentas;

  • Falta de entrosamento entre a arquitetura e engenharia (execução);

  • Falta de Procedimentos Técnicos e Operacionais;

  • Ausência de controle da qualidade;

  • Não realização do protótipo ou amostras para conferências gerais;

  • Insegurança do próprio cliente quanto ao escopo a ser definido;

  • Falta de compatibilizações entre as frentes;

  • Reputação negativa do cliente atuar de forma muito desorganizada;

  • Falta de clareza na carta convite sem a total transparência sobre todos os aspectos técnicos e comerciais;

  • Logística interna da obra, encarecendo o custo do manuseio de materiais;

  • Planejamento e cronograma compatibilizados;

  • Respeito às programações de produção e datas chaves;

  • Geração de quantitativos incorretos devido á falta de definições em projeto;

  • Dentre outros;


Fornecedor: “A verdade é uma só, se eu não sei o que vem pela frente, o meu ICC é proporcional a esta incerteza ou maior.”


Este fato é altamente negativo para todas as empresas e profissionais que não se preocupam com isto, considerando que esta política de relacionamento com os fornecedores irá criar um clima referencial negativo, além de reduzir expressivamente a qualidade na obra e competitividade orçamentária nas equalizações, gerando um nível alto de valores nas equalizações da propostas dos fornecedores.


Um fornecedor inseguro ou descontente é a pior coisa que um cliente quer ter na sua obra, pois o mesmo vai com certeza gerar uma série de situações indesejada para todos, principalmente no que diz respeito aos custos diretos da própria obra.


O “ICC” hoje tem gerado uma série de aumentos nos patamares das concorrências, elevando o custo da obra em pelo menos 3%, segundo pesquisas realizadas junto aos fornecedores e algumas empresas vítimas do “ICC”.


Muitas construtoras não conseguem ver o lucro no final da obra depois de pronta e entregue, justamente por este motivo, e ainda não perceberam que sem diretrizes, definições prontas, projeto e planejamento, não tem como baixar o “ICC”.

Falando um pouco sobre cada item acima indicados, considerados como os principais fatores pelo aumento e existência do “ICC”, perante os seus potenciais clientes:


» Falta de Projeto:

Se o projeto está incompleto, incompatibilizado ou inexistente, torna-se impossível quantificar e valorar o orçamento com precisão.


O fornecedor não tem como fazer um milagre, pois se contratado terá que aumentar o “ICC” = perda para o cliente, ou assumir por desespero e no decorrer da obra gerar reajustes e adicionais indesejados = perda para o cliente.


» Falta de Procedimentos Técnicos e Operacionais:

Sem complicar os procedimentos internos devem fazer parte integral de todo e qualquer processo de produção, garantindo que a padronização na maior parte do processo está garantida. Desta forma, as empresas fornecedoras de cultura compatível com seriedade irão apreciar este fator, diminuindo ou até mesmo excluindo totalmente o “ICC”.


» Insegurança do cliente quanto ao escopo:

Se o escopo do serviço não está claro, o fornecedor com certeza vai assumir algo de forma totalmente arriscada, com certeza gerando custos adicionais.


» Quantitativo correto devido á falta de definições em projeto:

O quantitativo de uma obra deve ser refletivo inclusive na taxa de desperdício praticada pelo mercado. Mas se não há como nem mesmo se ter um projeto e ou definições claras, não há como quantificar o escopo.

Imagine por exemplo o transtorno logístico interno da obra na distribuição de materiais que possam se tornar vítima do custoso re-manuseio dos mesmos, fora os possíveis danos causados.


» Falta de compatibilização:

O cliente que não se preocupa com a compatibilização das frentes e cronograma com certeza vai ter sérios problemas na obra, principalmente de caráter técnico que resultaram em custos adicionais indesejados.


O projeto é o primeiro passo de compatibilização entre todas as frentes, inclusive a manutenção, que muitas vezes é esquecida ou deixada de lado.


O custo do refazer ou as chamadas gambiarras pode deixar uma construtora ou cliente no vermelho por muito tempo, considerando que por lei a responsabilidade é de 5 anos na maior parte dos itens entregues na obra.


» Reputação do cliente ser muito desorganizado:

A organização é a estrutura de tudo, mas de nada vale se a cultura de gestão não estiver servindo como combustível para todas as programações e medidas.


Se uma empresa desorganizada me convidar para orçar, provavelmente irei recusar a oportunidade, dizendo que estou sem condições de atender.


Ex.: Acontece muito neste caso, o fornecedor ficar esperando para o início de uma reunião por algumas horas, e depois de iniciada, ser improdutiva e sem critérios, além de não ter sido seguido as decisões e muito menos registrada em ata. Inviável!!!


Ex.: E quando o fornecedor é solicitado para iniciar a obra com diversos funcionários expressivamente em uma data sem programação, no estilo urgencial e quando lá chega, não há frente ou não há materiais disponíveis. Isto é extremamente desgastante e desrespeitoso, e com certeza vai gerar uma péssima reputação deste cliente, aumentando e muito o “ICC” no futuro próximo.


» Falta de compatibilização e esforços do cliente neste sentido:

O descaso na compatibilização por parte do cliente é imperdoável pelos fornecedores e com certeza vai aumentar o “ICC”.


» Falta de clareza na carta convite com total transparência sobre todos os aspectos:

Uma carta convite clara e transparente, somada a todos os detalhes e projetos definidos só trazem benefícios ao nível da concorrência e resultado final na otimização de verba e prazo, além de assegurar a qualidade técnica do produto final.


Em muitos casos a carta convite é tão incompleta e confusa que muitos fornecedores declinam antes mesmo de orçar.


A carta convite completa serve claramente como instrumento de pré-qualificação automática dos fornecedores, reduzindo e muitos a quantidade de reuniões e desperdício de tempo.


» Planejamento e cronograma compatibilizado:

O planejamento da obra gera uma série de benefícios a todos os envolvidos, minimizando a margem de erros, conseqüentemente gerando um cronograma mais preciso e efetivo.



» Respeito as programações de produção:

A notícia corre entre os fornecedores que o cliente não respeita as programações e a obra é tocada sem nenhuma organização neste sentido.


Resultado = aumento do “ICC”, com certeza, além de muitos não estarem dispostos as atenderem a este tipo de cliente.


» Dentre outros...

Infelizmente a cultura e mentalidade única e específica de se tentar economizar ao máximo na obra, gerando um lucro no final, funciona como uma faca de dois gumes, pois, acaba deixando uma série de fatores importantes no planejamento e organização da obra, que acaba no final invertendo o resultado, gerando uma série de problemas e diminuição no lucro ou saldo contábil negativo.


As inovações de gestão na obra têm sido o grande diferencial do mercado onde algumas construtoras estão crescendo em todos os sentidos, obtendo lucros sólidos e consistentes; enquanto que outras estão rumo ao lado oposto, sem perspectivas e com saldos negativos para cobrir, acumulando-se gradativamente.


Inove a sua empresa, a sua mentalidade e informe-se das novas formas de se tocar um empreendimento ou obra, otimizando ao máximo os valores disponíveis desde o orçamento até a entrega final.


Existem hoje várias formas de se organizar um pré-orçamento e concorrência para garantir que os seus planos estão dentro dos previstos e programados. Dentre elas a concorrência “on line” onde tudo na sua maioria é resolvido online, evitando reuniões excessivas e improdutivas, pois se as definições já estão claras, o quantitativo de acordo e projeto concluído, o restante pode ser aparado via internet até a negociação final.


Imagine o seguinte, se o fornecedor tem tempo e cultura suficiente para participar de uma concorrência “on line”, o que hoje é o básico, este alinhado ao nível mínimo organizacional e cultural a qual o cliente necessita.


Em economia a expressão mais utilizada é que “Os lucros estão nos mínimos detalhes!”

Hoje no Brasil existem diversas empresas e profissionais que podem auxiliar a todos na inserção do conceito moderno de gestão na obra, por menor que seja.


Lembrando que o custo disto é muito menor que o custo a qual o cliente irá deixar de lucrar no empreendimento ou obra.


A exemplo da prática no resultado deste trabalho, cito a Engekons Gestão, Consultoria e Projeto de Drywall, que possui clientes onde já utilizam-se destes serviços e têm conseguido um resultado bastante eficaz na lucratividade final do empreendimento. Todavia, no caso de toda e qualquer oportunidade encontrada no dia-a-dia de otimizar verbas, qualidade e prazo são imediatamente repassadas aos clientes, mantendo um relacionamento de compromisso com o resultado.


Pense nisso, evolua e continue competitivo no mercado!

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